ESG no Poder Público - Instituto Brasileiro de Sustentabilidade - INBS

ESG no ambiente público, funciona?

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É sempre muito comum vocês me verem citar aqui nessa página informações sobre ESG e Sustentabilidade voltados ao meio corporativo, porém, desta vez será diferente pois meu objetivo é falar sobre os pilares principais da ESG relacionados ao ambiente público.

Tenho recebido diversas perguntas que atrelam o ambiente público ao desenvolvimento de questões ambientais, sociais e de governança e eu afirmo que a sigla cabe sim nesse perfil de instituição e ainda posso afirmar que o mesmo oferece ainda mais benefícios nesse ambiente do que na empresa privada por uma série de motivos que irei listar agora:

  1. O ambiente público precisa de sequência: Se vermos no nosso dia a dia, os municípios, estados e a união, passam por grandes avalanches de transformação a cada nova gestão. Independentemente se os cargos executivos são ocupados por alianças semelhantes, as pessoas que tomam as grandes decisões nessas instituições acabam sempre sendo alteradas e cada uma delas tem seu perfil de trabalho e objetivos. Dentro dessa condição o ESG pode ajudar no desenvolvimento de estratégias de curto, médio e longo prazo em governança, oferecendo um desenho mais robusto de gestão e com isso, independentemente da gestão que possa sofrer alterações, as bases do desenvolvimento serão as mesmas olhando para os pilares sociais, ambientais e de governança.
  1. A governança pública é ponto sensível: Em nosso país a conexão de gestão pública à corrupção já é hábito. Infelizmente, a grande maioria das pessoas já tem como padrão a interpretação de que o envolvimento da vida política interfere diretamente no enriquecimento ilícito ou até mesmo na busca por benefício próprio. Essa percepção impacta diretamente na recepção de investimentos por parte das instituições nacionais e com isso, somente uma governança bem estabelecida pode trazer investimentos para os municípios, estados e união a um custo que seja praticável. A implementação de ferramentas de gestão de risco público, programas de compliance e ferramentas de gestão dos pilares de governança como accountability (prestação de contas com avaliação de terceiros), auxiliará o desenvolvimento de confiança nas instituições públicas nacionais e com isso, investimentos e programas internacionais passarão a ter evidências de que investir no Brasil é seguro. Essa implementação precisa ser padronizada e acompanhada por instituição independente, para que todas as instituições públicas sejam avaliadas e monitoradas de forma imparcial.
  1. Os recursos naturais brasileiros são foco mundial: Se o pilar da governança é ponto focal dos investidores mundiais, o ambiental é ponto focal da maioria das instituições mundiais. O Brasil conta com a maior reserva de biodiversidade e recursos naturais do mundo e a falta de ferramentas de gestão claras desse pilar ESG fazem com que o poder público nacional seja julgado quanto a sua capacidade de proteger esse ponto importante para o mundo. Para que se exista uma melhor gestão desse tema, políticas públicas que sejam de fato exequíveis, devem ser implementadas (cito aqui exemplo da política nacional de resíduos sólidos que tem uma grande referência de método ideal, porém em quase 10 anos ainda não funciona). A implementação dessas políticas requer o envolvimento das parcerias público-privadas, onde estratégias de gestão do meio ambiente de forma segura sejam implementadas e cada um dos municípios, estados e união tenham envolvimento e metas diretas para atender os resultados esperados.
  1. O Brasil precisa de aproximação social: O Brasil é um pais diverso, multiétnico e extremamente distribuído geograficamente e com isso, a vivência social é um desafio constante. Viver em um país como o Brasil que conta com climas variados, com pessoas de ancestralidade diversa e ainda com classes sociais que variam à pequenas distâncias, faz com que seja necessária uma maior aproximação social e políticas de definição de suporte coletivo. Estar com agendas sociais implementadas, envolvem compensação social, neutralização de impactos, parcerias coletivas de ambientes mais prósperos economicamente e ainda de maior tolerância às diversidades. Desenvolver esse pilar através de programas de responsabilidade social, auxiliam o país a reduzir seus impactos com suporte social coletivo e ainda aumentam a visibilidade para regiões vulneráveis pelo clima e falta de recursos.

Estabelecer um plano ESG para as instituições nacionais não se trata de um plano de política, mas sim de uma estratégia de desenvolvimento organizado e planejado para as instituições que hoje são desacreditadas dentro do país. A implementação de agendas ESG no setor público, auxiliará o Brasil a obter maior investimento externo e interno através do ganho de credibilidade. Fazer o país dar certo está muito mais nas mãos do desenvolvimento de agendas positivas do que da decisão de ideologia política, pois independente do perfil de gestão executiva do município, estado ou união, as agendas ambientais, sociais e de governança precisam funcionar de forma clara e com estratégias de curto, médio e longo prazo que independam dos gestores que ocuparão os cargos de decisão.

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