Poluição - Instituto Brasileiro de Sustentabilidade - INBS

25% das cidades possuí agrotóxico na água

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Durante os anos de 2014 a 2017 um coquetel composto por diferentes tipos de agrotóxicos foi encontrado em 1 a cada 4 municípios do país. A análise foi feita em 1.396 municípios e foram detectados todos os 27 pesticidas que as empresas de abastecimento são obrigadas por lei a verificar. Os dados são do Ministério da Saúde. Desses, 16 são classificados pela Anvisa como extremamente ou altamente tóxicos e 11 estão associados ao desenvolvimento de doenças crônicas como câncer, malformação fetal, disfunções hormonais e reprodutivas.

Inúmeras cidades estão com situação alarmante no que diz respeito à contaminação de suas águas. Entre os locais com contaminação múltipla estão as capitais São Paulo, Rio de Janeiro, Fortaleza, Manaus, Curitiba, Porto Alegre, Campo Grande, Cuiabá, Florianópolis e Palmas. Estes níveis de contaminação atualmente detectados demonstram um crescimento significativo ao longo dos anos no percentual de água em preocupante qualidade no país. Nesse ritmo, em alguns anos, pode ficar difícil encontrar água sem agrotóxico nas torneiras do país.

Estes dados, segundo especialistas de várias áreas, como químicos, biólogos e médicos, são preocupantes e demonstram um sério problema, uma vez que tais substâncias encontradas apresentam risco à saúde pela sua nocividade aos humanos. O perigo vai muito além da mera existência de substâncias isoladas. A combinação entre elas pode potencializar ou até mesmo acarretar novos danos à saúde.

Os paulistas foram os que mais beberam esse coquetel nos últimos anos. O estado foi recordista em número de municípios onde todos os 27 agrotóxicos estavam na água. São mais de 500 cidades, incluindo a grande São Paulo – Guarulhos, São Bernardo do Campo, Santo André e Osasco – além da própria capital. E algumas das mais populosas, como Campinas, São José dos Campos, Ribeirão Preto e Sorocaba.

Pelo menos 144 cidades detectaram o mesmo pesticida de modo contínuo durante os quatro anos de medições seguidos, segundo os dados. Mais uma vez, São Paulo é o recordista desse fenômeno de intoxicação. Além do mais, a falta de monitoramento também é um problema grave. Dos 5.570 municípios brasileiros, 2.931 não realizaram testes na sua água entre 2014 e 2017. Outra preocupação que se instaura diz respeito aos tipos de produtos químicos com utilização permitida no país, em sentido totalmente oposto ao que ocorre em outros países e regiões. Inúmeras substâncias encontradas na análise tem seu uso vedado na União Europeia, por exemplo.

Entre eles, o glifosato e o mancozebe, ambos associados a doenças crônicas, e o aldicarbe, proibido no Brasil e classificado pela Anvisa como “o agrotóxico mais tóxico registrado no país, entre todos os ingredientes ativos utilizados na agricultura”. O glifosato é o caso mais revelador sobre as peculiaridades do Brasil na regulação sobre agrotóxicos. Classificado como “provável carcinogênico” pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer, órgão da Organização Mundial da Saúde, o pesticida está sendo discutido em todo o mundo.

Nos testes com a água do país, a controversa substância foi a que mais ultrapassou a margem de segurança segundo o critério da União Europeia: 23% dos casos acima do limite. Pela lei brasileira, o glifosato foi um dos que menos soou o alarme: apenas 0,02% dos testes ultrapassaram o nosso limite, demonstrando nosso elevado nível de permissividade e aceitabilidade para substâncias perigosas.

Após a contaminação é muito difícil, pra não dizem impossível, a restauração da qualidade da água contaminada. Sendo assim, o melhor procedimento a ser adotado contra tal situação é a prevenção. Governo, iniciativa privada e sociedade devem buscar a melhoria da realidade, uma vez que os resultados impactam diretamente na vida dos cidadãos.

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